Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Unidade de transbordo de resíduos urbanos é construída na região

Da Redação

Em 06/07/2021 às 19:51

Estação de transbordo serve como ponto de transferência intermediário de resíduos coletados nas cidades

(Foto: Cedida/AI)

Em breve, municípios da região de Presidente Prudente que enfrentam problemas em relação a fechamento de aterros e lixões poderão contar com uma alternativa vinda da iniciativa privada. Em Caiabu, é construída uma unidade de transbordo de resíduos com capacidade de receber 480 toneladas por dia. 

Com o licenciamento já em andamento, o serviço poderá ser contratado por prefeituras. "Enquanto o nosso aterro sanitário em nossa planta industrial não fica pronto, vamos receber os resíduos sólidos urbanos das prefeituras e levar para um aterro sanitário terceirizado totalmente legalizado e licenciado", explica o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso.

"Cabe salientar que esse transbordo atende a legislação em todo seu aspecto, principalmente na questão de ter uma distância de 20 quilômetros do Aeroporto [Estadual Adhemar de Barros] de Prudente. Não causando interferência em nenhum aeródromo", complementa.

Uma estação de transbordo serve como ponto de transferência intermediário de resíduos coletados nas cidades, criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final.

Cabe ressaltar que estações de transbordo não são aterros sanitários e nem lixões - estes, aliás, que devem ser extintos, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Exigências

Ao licitar serviços de transbordo e destinação de resíduos, as prefeituras precisam ficar atentas a uma exigência do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) do Comando da Aeronáutica (Comaer) para o licenciamento ambiental de empreendimentos com potencial atrativo de fauna em Área de Segurança Aeroportuária (ASA).

Desta forma, ficam restritas, por um raio de 20 km a partir do centro da pista do aeródromo, atividades atrativas a aves, tais como: lixões, aterros sanitários, curtumes, abatedouros, assim como quaisquer outras que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea.

O veto é imposto diante do risco potencial de colisão de aeronave com aves ou bando de aves no solo ou no espaço aéreo.

No caso de Presidente Prudente, por exemplo, o assunto ganha maior relevância por contar com um aeroporto comercial com movimento superior a 1.150 ou com voo regular de passageiros.

Barroso defende o empreedimento por possuir localização estratégica que vai de encontro com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS), que serve como guia principal para a tomada de decisões do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (Cirsop), formado por 11 municípios da região.

"Nós estamos posicionados no baricentro do consórcio, ou seja, estrategicamente na melhor posição para receber esse resíduo dos municípios consorciados", expõe.

Ele lembra, porém, que um outro desafio deve ser superado pelas cidades para que a contratação seja efetivada.

"Existem desafios sim, das prefeituras mandarem esses caminhões de coleta até ao ponto de recebimento, mas isso será discutido visando encontrar uma solução que atenda a todos. Porém, o problema maior era onde depositar esse resíduo. E essa questão já fica equacionada com a oferta dos serviços da estação de transbordo que deve ficar pronto dentro de três meses", finaliza.

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