Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Variante de covid é encontrada em nove de 10 casos analisados em Dracena

Da Redação

Em 05/03/2021 às 13:02

Resultados dos exames apontaram que das 10 amostras analisadas, apenas uma não é P.1.

(Foto: Arquivo)

Considerada mais letal e transmissível, a nova variante brasileira do coronavírus (P1) foi encontrada em nove de 10 amostras colhidas de pacientes da cidade de Dracena  - 102 km de Presidente Prudente. O levantamento foi realizado após o sistema hospitalar da cidade da Nova Alta Paulista entrar em colapso em poucos dias.

O anúncio dos resultados foi realizado na manhã desta sexta-feira (5). Através de coleta feita por laboratório local, foram enviadas amostras para a rede de laboratórios Dasa, em Barueri. 

"O resultado do exame apontou que das 10 amostras analisadas, apenas uma não é P.1. Esta cujo o resultado não comprovou a cepa, o exame informou que trata-se de outras linhagens", diz a Prefeitura.

A variante foi identificada pela primeira vez no início de janeiro na capital de Manaus, e está ligada ao aumento do número de casos no Estado do Amazonas. No mês passado, ela também foi identificada como predominante no município de Araraquara.

De acordo com diversos estudos, a variante brasileira P1 sofreu mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e resistente a anticorpos que combatem a doença no organismo, o que pode aumentar o número de casos inclusive entre as pessoas que já se recuperaram da covid-19.

Além do Amazonas, o Ministério da Saúde diz que a nova variante do coronavírus já foi identificada em nove Estados, incluindo Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Em São Paulo, foram identificados casos na cidade de Araraquara, na capital paulista, em Jaú e em Águas de Lindóia.

Reunião emergencial

A coordenadora da UTI Covid da Santa Casa de Misericórdia de Dracena, Aline Damasceno, informa que essa confirmação muda completamente todo o esquema de trabalho na cidade. “Hoje estaremos em reunião o dia todo para tratar sobre isso. Iremos entrar em contato com o Hospital Emílio Ribas, procurar uma alternativa, saber um pouco mais a respeito dessa cepa. O comportamento dos pacientes, a evolução da doença é totalmente diferente e muito mais agressiva, isso já havia nos assustado com a evolução dos nossos pacientes, requer um pouco mais de estudo e de cuidado da nossa parte", fala.

"Vamos tentar gerar um novo plano de ação para poder atender esses pacientes mais precocemente para poder intervir e agora buscar informações para poder montar um protocolo de atendimento para isso. Todos nós estamos muitos cansados, é muito complicado ver tanta gente nova morrendo. Vamos precisar preparar a equipe para atender", explica a médica.

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