Da Folha
Em 07/06/2011 às 18:22
(Foto: Arquivo/ABr)
O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) entregou na tarde desta
terça-feira (7) carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu
afastamento do governo.
"O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da
República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades
profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer
fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua
conduta. Considera, entretanto, que a continuidade do embate político
poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu
solicitar seu afastamento", diz a nota.
A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) foi convidada para substituir Palocci na Casa Civil.
Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar
todas as representações, que pediam abertura de inquérito contra
Palocci, relacionadas ao fato de seu patrimônio ter aumentado pelo menos
20 vezes de 2006 para 2010.
Ele entendeu que não existem indícios concretos da prática de crime nem justa causa para investigar o caso.
Em um documento de 37 páginas, Gurgel afirmou que a legislação penal
"não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a
renda declarada".
Segundo o procurador, os partidos de oposição que propuseram as
representações não apresentaram documentos que demonstrem a prática de
crime.
Leia a íntegra da nota da Casa Civil sobre o afastamento de Palocci:
"O ministro Antonio Palocci entregou, nesta tarde, carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo.
O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da
República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades
profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer
fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua
conduta.
Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia
prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar
seu afastamento."
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