Representantes do governo estadual, deputados da região e membros sindicais se reuniram nesta terça-feira (6) em busca de uma solução para reverter a decisão da JBS em fechar o frigorífico em Presidente Epitácio. O fim das atividades na unidade gerou demissão de 1.200 funcionários.
Ficou definida uma nova reunião, prevista para quinta-feira (8), agora entre o governo do Estado e representantes da JBS.
No encontro, foram conhecidos alguns números em relação ao aporte financeiro que o JBS conseguiu junto ao BNDES, que seria de R$ 10 bilhões para investir numa fábrica de celulose no Mato Grosso; e de uma dívida de quase R$ 1 bilhão junto ao governo do Estado, além de um crédito de R$ 220 milhões.
Quanto ao dinheiro obtido junto ao governo federal, o coordenador da Secretaria Estadual da Fazenda, José Clovis Cabrera, anunciou que o assunto será levado ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). "Vamos dar continuidade à luta e marcar reuniões no BNDES e na Casa Civil de São Paulo para tentar encontrar uma solução. O que nós temos que fazer é proteger a nossa região, principalmente as cidades de fronteira, criar um ‘cinturão da guerra fiscal’ para evitar problemas futuros", diz o deputado estadual Mauro Bragato (PSDB), responsável por agendar a reunião desta terça-feira.
Segundo o deputado estadual Ed Thomas (PSB), ficou ainda acertada a mobilização de deputados estaduais com o governo paulista e dos líderes dos partidos na Assembleia Legislativa junto às suas bancadas federais para cobrar providências junto ao BNDES; ação do secretário estadual de Relações do Emprego e Trabalho, David Zaia com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. "Faremos ainda uma manifestação de repúdio através das câmaras municipais e prefeituras das 53 cidades do Oeste paulista", sugere.
Participaram da audiência o prefeito de Epitácio, José Antônio Furlan; o coordenador da Administração Tributária do Estado, José Clóvis Cabrera; o presidente da Câmara de Epitácio, José Carlos Botelho Tedesco; o secretário do Planejamento da cidade, Sérgio Maroto; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Carlúcio da Rocha e o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo, Melquíades de Araújo.