Da Redação
Em 22/10/2009 às 16:21
A reitoria da Universidade Estadual Paulista (Unesp) recomendou à direção da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) de Presidente Prudente a continuidade do afastamento dos professores Jayme Netto Júnior e Pedro Balikian Junior pelo prazo de 90 dias.
O atual afastamento se deve ao procedimento administrativo disciplinar instaurado pela direção da faculdade para verificar eventual conduta funcional irregular dos professores no caso do resultado positivo do exame antidoping de cinco atletas brasileiros que se preparavam para o Mundial de Berlim.
Atletas de Netto, Bruno Lins Tenório de Barros, Jorge Célio da Rocha Sena (ambos dos 200m e 4x100m), Josiane da Silva Tito (4x400m), Luciana França (400m com barreiras) e Lucimara Silvestre (heptatlo) foram pegos em um teste surpresa por uso de EPO. De acordo com o técnico, Balikian foi o responsável por ministrar as doses.
Netto e Balikian já haviam sido afastados por 60 dias durante apuração preliminar realizada por uma comissão de sindicância instalada pela Unesp, em agosto último.
Para realizar o procedimento administrativo disciplinar, uma Comissão Processante Especial foi instalada no dia 15 de outubro, com assessoria jurídica da reitoria da Unesp. Compõem a comissão os professores Mary Rosa Rodrigues De Marchi (Instituto de Química/Unesp de Araraquara); Dagmar Aparecida Cynthia França Hunger (Faculdade de Ciências/Unesp de Bauru); e José Salvador Lepera (Faculdade de Ciências Farmacêuticas/Unesp de Araraquara). O assessor jurídico será o procurador da Unesp, Luiz Fernando Barcellos.
“A suspensão das atividades dos dois professores visa preservar a lisura dos procedimentos sem prejuízo do direito de ampla defesa dos mesmos, assegurados pela lei. A medida visa também assegurar a preservação de todo o corpo docente daquele campus, bem como de seus alunos e servidores técnicos e administrativos”, afirma em nota a Unesp.
“Durante o andamento de processos disciplinares, a administração da Unesp não interfere na condução desses trabalhos nem se pronuncia sobre assuntos a eles correlatos”, completa a universidade.
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