Em seis dias, casos ativos da doença podem chegar a 9,3 mil
ROGÉRIO MATIVE
Em 24/01/2022 às 10:35
Desde o seu começo, em março de 2020, qualquer aposta pode perder sentido em minutos. Contudo, a projeção feita pelo Infotracker, plataforma desenvolvida pela USP e Unesp para o monitoramento da pandemia em todo o Estado de São Paulo, apresenta tendência de queda na taxa de transmissão (Rt) da covid-19 a partir do fim do mês em toda região de Presidente Prudente.
Porém, ainda é cedo para cravar que o pico provocado pela variante Ômicron tenha atingido seu ápice e que os números seguirão em queda livre em fevereiro.
Nesta segunda -feira (24), a taxa de transmissão no Oeste Paulista atinge o seu recorde nos últimos 12 meses, superando o pico na segunda onda da doença: 1,72. Ela ficou 0,13 abaixo da última projeção.
Isso quer dizer que 100 pessoas infectadas podem transmitir o vírus para outras 172. A atual taxa segue neste patamar até essa terça-feira (25), quando inicia a tendência de declínio.
A transmissão da covid-19 deve fechar em 1,67 no dia 31 de janeiro apresentando ainda provável aumento no número de infectados, apesar da curva em leve declínio.
O que revela o índice de contágio
O índice de contágio (RT) é importante para apontar quantas pessoas serão contaminadas por um infectado, além de auxiliar na projeção da velocidade de transmissão da doença. O número deve ficar abaixo de 1 por mais de 15 dias para que seja visualizada queda de novos casos.
Ele vinha em queda desde o fim de outubro do ano passado, quando marcou 0,99. Ao longo dos últimos dois meses, este número ficou abaixo de 1, chegando até a 0,59 em 16 de novembro. Contudo, voltou a apresentar tendência de alta na primeira semana de janeiro até ultrapassar a faixa de segurança, segundo levantamento realizado pelo Portal.
Na prática, o aumento da taxa refletirá diretamente no crescimento de casos de infectados pelo coronavírus na região. Até o momento, não há demonstração de disparada em internações e de mortes.
Casos ativos e novas mortes
Em relação a casos ativos, a plataforma mostra um pulo dos 6.912 atuais para quase 9,3 mil em apenas seis dias. Porém, cabe salientar que a projeção pode não ganhar sustentação caso a população mantenha os cuidados básicos: uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social.
Por fim, a plataforma projeta mais 10 possíveis mortes nos próximos dias, o que mostra estabilidade. A estagnação em relação a óbitos está diretamente ligada ao total de vacinados, segundo especialistas.
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