Rogério Mative
Em 01/03/2019 às 12:23
Prefeitura adia ativação de terminais; local na zona oeste serve como estacionamento para carros
(Foto: Secom)
Presentes nos planos de Mobilidade Urbana e de Reestruturação do Transporte Público, os terminais urbanos espalhados pelos quatro cantos de Presidente Prudente têm como missão principal proporcionar a integração total do sistema, diminuindo os custos de operacionalização e facilitando a vida dos passageiros que dependem de ônibus todos os dias.
Porém, após passar por anos abandonados, os equipamentos públicos seguem longe de oferecer comodidade, agilidade e conforto aos usuários. Exigência para o aumento da tarifa, em janeiro, os terminais deveriam atender a população, progressivamente, desde o início de fevereiro.
O único em operação é o terminal da zona leste, o mais antigo, que serve apenas como um "ponto gigante" com cobertura. No local, banheiros seguem fechados e usuários não contam com informações sobre horários de linhas.
O terminal da zona norte começou a receber o tráfego de ônibus em fevereiro. Mas, apesar de reparos feitos um mês antes, o asfalto apresentou problemas. Atualmente, o local recebe reparos. A Prefeitura projeta a conclusão das obras nos próximos sete dias.
Já o terminal da zona oeste deveria entrar em operação nesta sexta-feira (1º). Contudo, também passa por obras após ter telhas arrancadas pelos fortes ventos que atingiram a cidade nesta semana.
Desta forma, a Prefeitura de Prudente publicou nesta sexta-feira um decreto adiando a operacionalização do equipamento em 15 dias. "Como a empresa responsável pela construção também tem o dever contratual de manutenção da obra por cinco anos, a mesma foi acionada para fazer os reparos, mas os serviços atrasaram, em virtude das chuvas desta semana", diz em nota.
"Por uma questão de segurança ao usuário, a construtora solicitou mais 15 dias, no máximo, para entregar a obra. Dessa forma, uma nova data será anunciada para início da operacionalização do terminal, provavelmente na terceira semana de março", promete a Prefeitura.
Outorga paga ou não paga?
Após o vereador Mauro Neves (PSDB) cobrar informações sobre o cumprimento de contrato do transporte coletivo, a Secretaria Municipal de Assuntos Viários (Semav) notificou a Prudente Urbano quanto ao não pagamento das parcelas da outorga desde outubro de 2018. O prazo para quitar R$ 415 mil era de apenas 48 horas.
A outorga é uma espécie de taxa paga mensalmente pela empresa ao município, ou seja, contrapartida pela permissão de explorar o serviço na cidade. O valor previsto no contrato é de R$ 3 milhões, divididos em 36 parcelas de aproximadamente R$ 83 mil.
R$ 415 mil atrasados
Desde a homologação do contrato, em outubro de 2017, a empresa vinha honrando a divida todos os meses, mas, a partir de outubro do ano passado, não houve novos pagamentos, segundo a Prefeitura. Desta forma, o valor beira R$ 415 mil.
A reportagem questionou a Prefeitura sobre a quitação da dívida, porém, não obteve respostas até o fechamento da matéria.
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