Rogério Mative
Em 21/01/2019 às 12:00
Decreto reforça medidas já necessárias e que devem ser cumpridas pela Prudente Urbano
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
Para elevar a tarifa do transporte coletivo em R$ 0,60 - de R$ 3,50 para R$ 4,10 a partir de quarta-feira (23) -, a Prefeitura de Presidente Prudente exigiu a operacionalização dos terminais urbanos das zonas oeste, norte e sul. Contudo, qualquer custo necessário para o cumprimento da medida não será desembolsado pela concessionária Prudente Urbano.
Em decreto mais detalhado, publicado nesta segunda-feira (21), o prefeito Nelson Bugalho (PTB) determina o início das operações no terminal da zona norte a partir do dia 1º de fevereiro. Já os terminais da zona sul e oeste começam a receber fluxo de ônibus a partir de 1º de março e 2 de abril, respectivamente.
Para tal, a Prefeitura deverá promover as "obras necessárias" para que os ônibus possam ter acesso aos terminais da zona sul e oeste "de modo a não alterar significativamente a distância do percurso".
Segundo Bugalho, também haverá mudanças de itinerários para "equilíbrio de quilometragem" para evitar "novo impacto tarifário" ou necessidade de fonte de custeio.
Vai exigir dados
O decreto reforça medidas já necessárias e que devem ser cumpridas pela Prudente Urbano como acesso online e simultâneo de todos os dados operacionais, em especial a totalização de passageiros por categoria tarifária e quilometragem percorrida por veículo.
Ainda requer a relação mensal de linhas e ônibus que irão operar com cobradores com um mês de antecedência, além de balancete mensal com receitas e despesas, informações e documentos para controle do sistema.
Promete desonerar
Após ser derrotado na Câmara Municipal, quando buscou reduzir o imposto pago pela Prudente Urbano, Bugalho vai estabelecer um grupo de trabalho para estudar e elaborar medidas visando a desoneração da tarifa nos próximos anos.
O decreto não detalha qual tipo de ação sobre a passagem de ônibus.
Alvo de vândalos e na mira do MPE
Previstos no Plano de Mobilidade Urbana e no Plano do Transporte Público, os terminais urbanos foram construídos com o objetivo de realizar a integração total do transporte coletivo e oferecer o deslocamento com menor custo aos passageiros.
Abandonados desde a finalização das obras, os terminais foram vandalizados ao longo dos últimos dois anos, com telhas quebradas e itens roubados. Os equipamentos públicos custaram R$ 3,7 milhões. Já o Plano de Mobilidade Urbana saiu por R$ 315 mil e foi realizado pela empresa Edson Marchioro Arquitetura.
O caso levou o vereador Mauro Neves (PSDB) a protocolar uma representação na 13ª Promotoria de Justiça no Ministério Público Estadual (MPE-SP) sobre as condições de quatro terminais urbanos.
No início do ano passado, a Câmara Municipal chegou a convocar o responsável por plano de mobilidade em audiência pública que debateu a prestação do transporte coletivo em Prudente.
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