Rogério Mative
Em 18/12/2019 às 20:29
Intimados a deixar o Camelódromo, os boxistas também estão impedidos de seguirem para o Parque de Uso Múltiplo (PUM)
(Foto: Arquivo/Secom)
Preocupada com a reação de boxistas durante o cumprimento da ordem de interdição do Camelódromo da Praça da Bandeira, a juíza auxiliar da Vara da Fazenda Pública, Cibele Carrasco Rainho Novo fez um acréscimo em sua decisão anterior. A publicação do adendo foi realizada nesta quarta-feira (18).
Em seu novo despacho, a juíza cita a "delicada" questão social envolvendo a retirada dos comerciantes do local, que deve passar por reformar a partir de janeiro ao custo de R$ 2,9 milhões aos cofres municipais.
Desta forma, Cibele Carrasco determina que a ordem de interdição seja realizada de forma pacífica. "Em adendo à deliberação por mim proferida anteriormente, e sopesando a pulsante e delicada questão social envolvida, determino, por reputar necessário para que o cumprimento da ordem de interdição do Camelódromo ocorra de forma pacífica", diz.
"Sem incidentes, ou, ainda, eventuais danos físicos, tanto aos boxistas, quanto aos frequentadores do local, que se solicite o imprescindível auxílio da Polícia Militar", complementa.
Por último, ela pede para que todas as partes envolvidas sejam comunicadas com urgência.
Local interditado
Em decisão publicada na manhã desta quarta-feira, Cibele Carrasco interditou o Camelódromo e deu prazo de 15 dias para que os comerciantes deixem o local de forma amigável.
A medida foi tomada após pedido protocolado pelo promotor da 2ª Promotoria de Justiça, Jurandir José dos Santos, que solicitou a interdição do Camelódromo após receber laudo do Corpo de Bombeiros atestando problemas na segurança do local, como falta de extintores, saídas de emergência, entre outros.
A interdição total do espaço vale até a finalização das obras de reforma.
Desalojados
Intimados a deixar o Camelódromo, os boxistas também estão impedidos de seguirem para o Parque de Uso Múltiplo (PUM) em decisão da Vara da Infância e da Juventude.
Para resolver o impasse, a Prefeitura aposta na derrubada da liminar por meio de agravo de instrumento que será apreciado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
A expectativa é de que o recurso possa ser julgado nas próximas horas. Contudo, corre risco de ficar para o próximo ano devido o recesso forense, que tem início na sexta-feira (20).
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