Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Sem internação e sem dor: pedras nos rins são retiradas em procedimento eficaz no ITC

Da Redação

Em 21/10/2021 às 10:42

Durante o procedimento, o médico e sua equipe localizarão o cálculo por meio de radioscopia e/ou ultrassom

(Foto: Cedida/ITC)

Considerada uma das piores dores que alguém pode sentir, a cólica provocada por pedras nos rins, também conhecidas como cálculos renais, pode atingir uma em cada 10 pessoas no país. Diferentemente do que é propagado, o acúmulo de cristais pode ser eliminado sem dor ou necessidade de internação.

Em Presidente Prudente, o  Instituto de Tratamento de Cálculo (ITC) realiza procedimento sem intervenção cirúrgica. Em aproximadamente uma hora, o paciente já é liberado para casa. 

"O procedimento é feito sem internação. São disparadas ondas eletro-hidráulicas que, dentro de uma bolha de água, vão implodir os cálculos acumulados nos rins. Nos casos em que o cálculo está na pelve renal, ou seja, dentro do rim, a chance de implodir é grande, cerca de 80%. E esses fragmentos saem pelo próprio ureter caindo na bexiga e, assim, sendo eliminados", explica o médico urologista Enio Perrone.

Os cálculos são formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. Sua presença pode passar despercebida por um tempo, porém, 'aparece' por meio de dor muito forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção da região inguinal. Em geral, essas crises podem ser acompanhadas por náuseas e vômitos necessitando de atendimento médico-hospitalar.

Segundo Perrone, a formação de cálculos pode estar ligada a volume insuficiente de urina ou supersaturação de sais; grande quantidade de cálcio, fosfato, aterações anatômicas; obstrução das vias urinárias; entre outros.

Diferencial

O especialista destaca a vantagem do procedimento de Litotripsia Extracorpórea (LECO ou LITO) realizado pelo ITC, que conta com um equipamento de última geração: a Dornier Compacta Sigma. "Consiste em um tratamento não invasivo, ambulatorial e com baixo índice de complicações. Estamos há quase 30 anos atuando no setor, sempre modernizando. Hoje, a máquina que temos é a mais moderna que tem no mercado e a única na região", destaca. 

"A primeira tentativa de tratamento sempre é seguir por ondas de choque. Procedimentos com intervenção cirúrgica apenas em casos onde não é possível quebrar as pedras", alerta Perrone.

O médico pontua outro benefício em relação aos demais procedimentos. "A grande vantagem é fazer esse procedimento sob sedação leve, sendo que depois de uma hora aproximadamente o paciente vai para casa e, no dia seguinte, está trabalhando", frisa.

"Nos outros procedimentos, o paciente fica internado com anestesia geral ou raquidiana, além de procedimento endoscópico passando o aparelho pelo canal e sempre fica com um catéter, que depois é retirado. Ou seja, seriam duas internações", complementa.

Além de Perrone, o ITC conta ainda com os médicos urologistas Carlos Roberto Felipe, Claudionor Inácio Pelaez, Lorival de Matos Rodrigues e Péricles Otani, além dos médicos nefrologistas Milton Garcia e José Simionato.

O procedimento

Após o paciente passar por uma avaliação com seu urologista, o procedimento é agendado no ITC. "O instituto funciona dentro da Santa Casa de Misericórdia por meio de contrato de terceirização. O serviço tem convênio com o SUS, com encaminhando 30 procedimentos por mês ao ITC, além de outros convênios de atendimento", fala Perrone.

Durante o procedimento, o médico e sua equipe localizarão o cálculo por meio de radioscopia e/ou ultrassom, inteiramente computadorizados, e com acompanhamento em tempo real. 

Em seguida, é feita uma sedação simples e analgesia, oferecendo um maior conforto ao paciente durante a sessão. "Seguimos todos os procedimentos de segurança, com a monitorização da taxa de oxigênio e de pressão do paciente, além de estarmos preparados para qualquer situação de emergência. Porém, nunca tivemos casos do tipo, pois o método é realmente muito eficaz e seguro", garante.

Após o tratamento

Após o procedimento são comuns: sangramento na urina, dor local e hematoma na região tratada, podendo ocorrer cólica renal em decorrência da migração de fragmentos do cálculo pelo ureter.

"Pode ter cólica para eliminar os fragmentos, pode. Mas não é o que vemos no geral. Porém, é melhor do que passar por uma intervenção cirurgica. Essa é a grande vantagem", explica.

Os principais fatores que determinarão o sucesso do método são o tamanho e a densidade, ou seja, a dureza do cálculo, a anatomia da via excretora do rim, e a distância da pele até o cálculo renal. "Mesmo com índice de dureza das pedras um pouco acima, conseguimos obter bons resultados", fala.

O procedimento tem duração de cerca de 40 minutos, com limitação de 3 mil disparos em direção ao cálculo.

Como evitar o cálculo renal

Mais comum em adultos entre 20 e 35 anos, e mais frequente em homens,.a formação de pedras nos rins sofre maior incidência no verão devido ao aumento da transpiração pelo calor e falta de hidratação adequada.

Ela pode ser evitada por meio da ingestão diária de 2 a 3 litros de água. Também deve ser evitado o consumo em excesso de sal, além de alimentos ricos em proteínas e cálcio, se os cálculos forem formados por excesso de ácido úrico ou cálcio.

"É importante não se automedicar. Se tiver dores intensas nas costas ou no abdômen e sinais de sangue na urina a pessoa deve procurar um atendimento médico o quanto antes", finaliza.

Serviço

O ITC está localizado na Rua Donato Armelim, 433, Vila Euclides. O atendimento é feito das 7h às 16h, de segunda à sexta-feira. Mais informações pelo telefone: (18) 3221-9393.

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