ROGÉRIO MATIVE
Em 18/09/2020 às 16:59
Filiado ao DEM, Marcos Vinha será candidato a vice
(Foto: Arquivo/Portal)
Dois dias após o fim das convenções partidárias, o DEM decidiu modificar sua chapa visando a Prefeitura de Presidente Prudente. Com a saída de Feiz Abbud, do PTB, o partido definiu o nome de Marcos Vinha como candidato a vice, que disputará a eleição ao lado do engenheiro Laércio Alcântara, aspirante a prefeito. O anúncio oficial será nesse sábado (19).
A mudança ocorre diante de uma resolução do diretório nacional do PTB proibindo coligação com partidos como DEM e PSDB. Apesar de o documento ser publicado fora do prazo legal estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou seja, sem validade e podendo ser contestado judicialmente, a executiva municipal preferiu não criar atritos, mesmo com a promessa do presidente estadual da sigla, Campos Machado, "bancar" a união em Prudente.
Desta forma, Marcos Vinha, filiado ao DEM, foi escolhido para compor a chapa, que agora será "pura".
Vinha foi vice-prefeito por dois mandatos durante a gestão do ex-prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã). Antes, no Legislativo, vereador por dois mandatos: 2001 a 2004 e de 2005 a 2008.
Os registros das candidaturas devem ocorrer até o dia 26, prazo final estipulado pelo TSE.
Brigas nacionais que podem respingar
Em Prudente, outro candidato que pode ser advertido pelo partido é o deputado estadual Ed Thomas. Recentemente, o político publicou agradecimentos a Jair Bolsonaro (sem partido), além de ter participado de eventos ao lado do presidente da República.
Uma resolução assinada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, proíbe qualquer tipo de apoio ou 'namoro' com "aqueles que defendam o bolsonarismo/ extrema direita".
Recebeu a 'benção'
Em nota divulgada nesta sexta-feira (18), o bispo da Diocese de Presidente Prudente, Dom Benedito Gonçalves dos Santos, decretou o afastamento do padre Milton Gonzaga de Lima, que é candidato a vice-prefeito na chapa do PSD, ao lado do empresário Paulo Lima.
Até então, o sacerdote pertencia à Paróquia Nossa Senhora de Lourdes do bairro Humberto Salvador. "O padre apresentou uma carta renunciando ao ofício de pároco por um período de quatro meses e terá que deixar a Casa Paroquial, bem como o automóvel de propriedade da igreja e assumir o pagamento do plano de saúde e do recolhimento do INSS", diz o bispo.
"Durante este período, o sacerdote não poderá ministrar sacramentos. A celebração de missas só fica autorizada em oratório particular, sem a presença de fiéis".
Por fim, Dom Benedito rogou aos céus para que padre permaneça "autêntico discípulo missionário de Cristo Jesus" durante este período de afastamento.
Nos bastidores, partidos concorrentes articulam um possível pedido de impugnação devido o padre ter seguido com programas semanais em emissoras de rádio até semana passada, o que é vetado pela Justiça Eleitoral por meio da obrigatoriedade da descompatibilização.
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