Da Redação
Em 14/04/2017 às 10:34
RPG surgiu nos EUA em 1971, com a criação do The Fantasy Game, rebatizado em 1974 de Dungeons & Dragons (D&D)
(Foto: Ilustração)
O Sesc Thermas de Presidente Prudente promove, a partir da próxima quarta-feira (19), um curso gratuito de RPG (Role-playing game), tradicional jogo de tabuleiro e dados no qual os participantes assumem papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente.
Ministrado pelo educador físico e ator Luís Rogério Souza, a atividade ocorre toda quarta-feira, das 18h30 às 21h30, até 5 de julho, totalizando 12 encontros e carga horária de 36 horas. As inscrições estão abertas, com vagas limitadas.
Destinado a jovens de 13 a 17 anos, o curso apresenta um jogo que teve uma grande popularidade nos anos 1980 e 90 e inspirou os RPGs eletrônicos atuais, como Final Fantasy, Minecraft e The Sims.
A forma tradicional de jogar RPG reúne lápis, papel, um tabuleiro, cartas, livros de regras, dados multifacetados e muita imaginação, conforme visto recentemente em Stranger Things, série de sucesso da Netflix lançada ano passado, cujo elenco infantil é muito fã de “Dungeons and Dragons”, o mais famoso RPG de mesa já criado.
Mais sobre RPG
O RPG surgiu nos EUA em 1971, com a criação do The Fantasy Game, rebatizado em 1974 de Dungeons & Dragons (D&D) – algo como “Masmorras e Dragões”. O D&D existe até hoje e é um jogo de fantasia medieval fortemente influenciado pelos romances O Hobbit e O Senhor dos Anéis.
Seus criadores, Gary Gigax e Dave Anerson, eram ávidos jogadores de jogos de guerra, que simulam batalhas usando miniaturas de veículos e exércitos. A ideia inicial que eles tiveram foi de jogar com personagens ao invés de tropas, e que cada jogador controlasse apenas um deles. Hoje, o RPG “de mesa” possui muito adeptos em todo o mundo, mais ainda é pouco conhecido do grande público.
No Brasil, ele chegou na década de 80, com estudantes universitários que conseguiam importar algum livro e o fotocopiavam para os amigos – o que os tornou conhecidos como a “Geração Xerox”. Em 1991, surgiu o primeiro RPG nacional – Tagmar, de fantasia medieval – e o primeiro RPG traduzido para o português – o GURPS, que se propunha a possibilitar jogos em qualquer tipo de cenário.
Desde o final da década de 1990, o RPG tem sido tema de pesquisas de vários universitários brasileiros, com alguns livros publicados sobre o assunto. Muitas dessas obras sugerem o RPG como ferramenta educacional complementar, facilitando a aquisição de conteúdos escolares, pois se trata de uma atividade envolvente e que estimula a pesquisa e a cooperatividade.
Além disso, é comum que os jogadores de RPG desenvolvam muito gosto por leitura e escrita, tornem-se mais expressivos e estabeleçam fortes amizades com os outros jogadores. Há também relatos de uso do RPG como ferramenta psicoterapêutica e para treinamento empresarial.
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