Rogério Mative
Em 06/02/2020 às 11:40
Após 30 dias, o cenário é o mesmo: trabalhadores da Prefeitura realizando a limpeza do Camelódromo
(Foto: Cedida/Maycon Morano/AI)
A promessa era de terminar a revitalização do Camelódromo da Praça da Bandeira, área central de Presidente Prudente, dois meses antes do prazo. Contudo, após 30 dias, o cenário é o mesmo: trabalhadores da Prefeitura realizando a limpeza do local. A construção do Atende Prudente (Poupatempo Municipal) segue travada; e alunos convivem com pó e barulho em escola que não ficou pronta antes do início das aulas.
O cenário foi constatado por uma comissão de vereadores, na manhã desta quinta-feira (6), ao vistoriar os locais. "Hoje faz 30 dias que a Justiça retirou os boxistas daqui. A Prefeitura assumiu a obra. O que vemos aqui são as máquinas da Prefeitura fazendo a limpeza e tirando o que ficou para trás", relata o presidente da Câmara Municipal, Demerson Dias (PSB).
"O que chamou a atenção é que o engenheiro da empresa está acompanhando os trabalhos. Verdadeiramente, a empresa ainda não está aqui. A gente percebe o engenheiro e funcionários da Secretaria de Obras. Eles alegaram a questão da chuva nesse mês de janeiro, que atrapalhou. Isso que foi relatado aos três vereadores", afirma. Dias esteve acompanhado dos parlamentares Mauro Neves (PSDB) e Adão Batista (PSB), que integram Comissões Permanentes (CPs) do Legislativo.
Iniciada oficialmente no dia 6 de janeiro, a obra do Camelódromo tem como responsável a empresa Spalla Engenharia e Construção e deve seguir até setembro, conforme contrato.
Uma promessa do prefeito Nelson Bugalho (PSDB) apontava a entrega do espaço em julho. Os boxistas foram transferidos para o Terminal Urbano e uma galeria localizada no Centro.
Sem mudanças
A inércia também é vista no terreno que abrigará o futuro 'Atende Prudente', na Rua Floriano Peixoto, Vila Marcondes. Lá, apenas a placa do início dos trabalhos, que foi fincada no dia 23 de janeiro.
Em 13 dias, o cenário segue sem alteração. A ordem de serviços foi assinada em dezembro do ano passado.
A obra também é da Spalla Engenharia e Construção, que deve receber, ao todo, R$ 7,8 milhões nos dois empreendimentos públicos.
Escola aberta durante obras
No ano passado, ao justificar a tentativa de venda do prédio da Escola Edson Lopes, na Vila Formosa, a Prefeitura alegou que os alunos seriam transferidos para a unidade que fica em frente: a Maria Aparecida Alves, que teria passado por reformas.
Mas, os vereadores constataram que os trabalhos não terminaram e os estudantes dividem o espaço com funcionários da Secretaria Municipal de Obras. "O que nos preocupa é isso. A reforma de um banheiro, que fica muito próximo dos alunos de 0 a 5 anos. Muita poeira, cheiro forte, barullho de máquinas. Isso deveria ter sido feito no período de férias", pontua Mauro Neves.
"A gente vê risco à integridade das crianças. A Secretaria de Educação está aqui e já pedimos providências para solucionar isso. Vamos voltar na semana que vem e ver se realmente as obras foram concluídas", finaliza.
Mais problemas
Com as atividades remanejadas novamente para as piscinas da Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Apea), o complexo aquático do Centro Olímpico segue interditado. Dois vidros que fecham o espaço quebraram após cinco meses da inauguração.
As novas peças já ficaram prontas e, agora, a Secretaria Municipal de Esportes (Semepp) aguarda a instalação dos vidros.
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