ROGÉRIO MATIVE
Em 28/02/2020 às 12:26
População sofre com escuridão de ruas em Prudente
(Foto: ROGÉRIO MATIVE)
Apenas em janeiro deste ano, a Prefeitura de Presidente Prudente arrecadou R$ 1,4 milhão com a cobrança da taxa de Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Apesar dos cofres abastecidos, o valor cobrado mensalmente na conta de luz dos munícipes não reflete em melhorias no serviço oferecido: ruas e avenidas da cidade seguem no escuro.
A cada dia, o Portal recebe reclamações de internautas relatando problemas em postes de iluminação pública. Os casos apontados estão em todos os setores de Prudente, como Ana Jacinta, Monte Alto, Parque Cedral, Jequitibás, Servantes, Vila Furquim, João Domingos Netto, Montalvão, entre outras dezenas de bairros.
Reajustada no ano passado, a taxa tem como objetivo custear a manutenção da rede de iluminação pública promovendo reparos e troca de lâmpadas queimadas.
No início deste mês, a Câmara Municipal promulgou uma lei que anula a elevação dos valores mantendo o patamar cobrado anteriormente. A medida deve entrar em vigor em maio.
Superávit
Conforme balanço financeiro publicado pela Prefeitura, nessa quinta-feira (27), o município arrecadou exatos R$ 1.453.938,74 em janeiro. A projeção é somar R$ 13,6 milhões durante o ano.
Recentemente, o Legislativo apontou que a Prefeitura acumula superávit com a cobrança da taxa, o que não é permitido.
Sem manutenção
Diferentemente do anunciado em outubro do ano passado, a manutenção de postes segue praticamente paralisada na cidade. Em levantamento realizado pelo Portal, o número de lâmpadas apagadas aumentou nas principais vias de Prudente.
A reportagem percorreu exatos 22,5 quilômetros pelas avenidas Brasil, Washington Luís, Coronel José Soares Marcondes, Manoel Goulart e Alberto Bonfiglioli (principal via de ligação com o Conjunto Habitacional Ana Jacinta).
Ao todo, foram contabilizadas 158 lâmpadas queimadas.
Preferiu o silêncio
Questionada por duas vezes pelo Portal, a Prefeitura de Presidente Prudente preferiu permanecer em silêncio.
Até o momento, não houve resposta sobre como estão os trabalhos para sanar os problemas desde que foi assinado o contrato com a empresa terceirizada; o que já foi feito e o que está projetado; e porque a manutenção ainda não ocorreu em muitos lugares, apesar de mais de quatro meses do anúncio da força-tarefa.
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