Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Vítima do descaso, figueira perde metade de sua estrutura em nova queda

Região do PUM fica sem energia; Bombeiros trabalham para liberar via

ROGÉRIO MATIVE

Em 23/11/2021 às 21:23

Queda provocou a interdição do trânsito na Rua Bela, além da interrupção de energia

(Foto: Cedida/Decepções Prudentinas)

De nada adiantou um cercadinho instalado ao seu redor e, muito menos, o decreto que tombou a árvore como 'patrimônio paisagístico'. A figueira localizada ao lado do Parque de Uso Múltiplo (PUM) deu novos sinais de despedida após sofrer a queda de metade de sua estrutura na noite desta terça-feira (23). Inerte, por não ter outra opção, assistiu seu envenenamento praticado a cada dia devido a falta de ação das autoridades em protegê-la ao longo de quatro anos.

A queda provocou a interdição do trânsito na Rua Bela, além da interrupção de energia em toda a região do PUM. Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal trabalharam para a retirada dos troncos e galhos, que tomaram conta de toda a via. Não houve registro de feridos.

Segundo a concessionária Energisa Sul-Sudeste, a queda de um galho sobre a rede elétrica causou o rompimento de um cabo, deixando 58 clientes sem energia.

A conta-gotas

Feita pelo Portal, ainda em 2019, a denúncia sobre o envenamento a 'conta-gotas' sensibilizou a população. Na época, professores do Departamento de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ofereceram auxílio em busca de reverter a morte lenta da espécie iniciada dois anos antes.

Na ocasião, mesmo possuindo informações sobre os possíveis autores, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea) revelou que estava 'engessada' por falta de provas e por não contar com estrutura para coletar e realizar exames que constatem o crime ambiental.

Apesar de dois boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil e um inquérito aberto no Ministério Público Estadual (MPE-SP), a figueira contou apenas com a instalação de um gradil e a própria sorte, o que não foram suficientes para cessar os ataques.

No fim do ano passado, a reportagem registrou, novamente, o cenário de vários galhos secos, sendo que alguns começaram a cair após a investida de cupins e de outras doenças oportunistas, que se aproveitam da saúde enfraquecida da árvore devido aos diversos envenenamentos enfrentados.

Desta vez, a perda de boa parte de sua estrutura pode decretar sua morte 'para sempre'.

*Atualizada às 21h36 para acréscimo de informações

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