Região do PUM fica sem energia; Bombeiros trabalham para liberar via
ROGÉRIO MATIVE
Em 23/11/2021 às 21:23
Queda provocou a interdição do trânsito na Rua Bela, além da interrupção de energia
(Foto: Cedida/Decepções Prudentinas)
De nada adiantou um cercadinho instalado ao seu redor e, muito menos, o decreto que tombou a árvore como 'patrimônio paisagístico'. A figueira localizada ao lado do Parque de Uso Múltiplo (PUM) deu novos sinais de despedida após sofrer a queda de metade de sua estrutura na noite desta terça-feira (23). Inerte, por não ter outra opção, assistiu seu envenenamento praticado a cada dia devido a falta de ação das autoridades em protegê-la ao longo de quatro anos.
A queda provocou a interdição do trânsito na Rua Bela, além da interrupção de energia em toda a região do PUM. Equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal trabalharam para a retirada dos troncos e galhos, que tomaram conta de toda a via. Não houve registro de feridos.
Segundo a concessionária Energisa Sul-Sudeste, a queda de um galho sobre a rede elétrica causou o rompimento de um cabo, deixando 58 clientes sem energia.
A conta-gotas
Feita pelo Portal, ainda em 2019, a denúncia sobre o envenamento a 'conta-gotas' sensibilizou a população. Na época, professores do Departamento de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ofereceram auxílio em busca de reverter a morte lenta da espécie iniciada dois anos antes.
Na ocasião, mesmo possuindo informações sobre os possíveis autores, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea) revelou que estava 'engessada' por falta de provas e por não contar com estrutura para coletar e realizar exames que constatem o crime ambiental.
Apesar de dois boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil e um inquérito aberto no Ministério Público Estadual (MPE-SP), a figueira contou apenas com a instalação de um gradil e a própria sorte, o que não foram suficientes para cessar os ataques.
No fim do ano passado, a reportagem registrou, novamente, o cenário de vários galhos secos, sendo que alguns começaram a cair após a investida de cupins e de outras doenças oportunistas, que se aproveitam da saúde enfraquecida da árvore devido aos diversos envenenamentos enfrentados.
Desta vez, a perda de boa parte de sua estrutura pode decretar sua morte 'para sempre'.
*Atualizada às 21h36 para acréscimo de informações
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