Da Redação
Em 22/05/2025 às 23:31
Números também são favoráveis ao cargo de técnico de farmácia, tanto na realidade estadual quanto municipal,
(Foto: Cedida/AI)
O mercado vem exigindo cada vez mais profissionais de nível técnico, com destaque na área da saúde. É o que apontam dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em relação ao ano passado. Tanto o cargo de técnico de enfermagem quanto o de técnico em farmácia tiveram saldos positivos de contratações em Presidente Prudente.
Só no caso dos técnicos e auxiliares de enfermagem, 13.376 vagas foram criadas em todo o Estado em 2024. Dado que também reflete na realidade local: em Presidente Prudente, o saldo de contratações também foi positivo no ano passado, com 97 novos postos, além daqueles criados para reposição.
Os números também são favoráveis ao cargo de técnico de farmácia, tanto na realidade estadual quanto municipal, segundo o MTE.
Alunos comprovam números
Alta empregabilidade que já é vista por quem se formou recentemente. O técnico em farmácia João Ricardo Oliveira Medina concluiu os estudos na Unoeste em 2024 e conseguiu se inserir no mercado de trabalho.
“Fui admitido em uma empresa de homeopatia animal, em que atuei com ênfase em vendas de medicamentos e na elaboração de etiquetas informativas, contendo dados cruciais como composição, finalidade terapêutica e validade dos produtos”, explica.
Foi a chance de colocar em prática tudo que aprendeu durante o curso técnico. Formação que, segundo ele, foi uma experiência acadêmica e profissional profundamente enriquecedora. “Durante esse período, adquiri conhecimentos sólidos em farmacotécnica, procedimentos hospitalares, manipulação de medicamentos e práticas do setor comercial farmacêutico”, conta.
Compromisso com a profissão
“A principal característica que o curso técnico tem é a empregabilidade. Mas empregabilidade também é manter-se no emprego e o curso técnico prepara esse aluno para isso. Ele engloba muitas competências e muitas habilidades que o aluno vai ter dentro do seu ambiente de trabalho. Por isso, capacitamos o aluno desde o primeiro termo por meio de estágios e vivências”, diz o professor e diretor dos Cursos Técnicos da Unoeste, Ricardo Sant'anna de Andrade.
No caso do técnico em Enfermagem, Ricardo comenta que desde a pandemia, a demanda por profissionais não cessa. “A gente tem informações dos hospitais que em alguns casos, chega a faltar profissional, porque a demanda é muito grande. Inclusive, Presidente Prudente vem abrindo novos campos de trabalho para esse tipo de profissional”.
Para o curso de técnico em Farmácia, o coordenador também destaca que a absorção pelo mercado é grande e feita por vários tipos de estabelecimentos. “Hospitais, farmácias populares, farmácias comerciais, farmácias de manipulação... Tudo isso é trabalhado no curso”.
Assim como indicam os dados do Ministério do Trabalho, a formação técnica tem grande demanda de estudantes jovens, de 18 a 24 anos, que estão saindo do ensino médio.
“Antigamente os cursos técnicos tinham pessoas que buscavam uma segunda profissão, pessoas com um pouco mais de idade, que não estavam no mercado de trabalho. Hoje há um aumento da quantidade de alunos que terminaram o ensino médio. Alguns fazendo até o ensino médio e o técnico concomitantemente. Mas há matriculados de todas as faixas etárias”, afirma.
Um dos diferenciais em relação a empregabilidade também é o tempo de formação: um ano e meio. “É possível colocar-se no mercado de trabalho em um tempo curto e depois, o aluno ainda pode ingressar em uma graduação. No caso da Unoeste, há benefícios para quem decide por continuar os estudos, com um valor diferenciado na mensalidade”, finaliza Ricardo.
Enfermagem: profissional altamente requisitado
A ampla gama de oportunidades após a formação também é destacada por Ana Rosa Vieira de Faria, coordenadora do curso técnico de Enfermagem. “Entre os principais locais de trabalho estão hospitais públicos e privados, clínicas, unidades básicas de saúde (UBS), pronto-atendimentos, laboratórios de análises clínicas, instituições de longa permanência (como asilos), ambulatórios, serviços de home care (atendimento domiciliar), centros cirúrgicos, maternidades e, principalmente, setores especializados como UTI e emergência”, detalha.
A formação busca tornar o aluno apto a executar cuidados básicos e intermediários aos pacientes, administrar medicamentos, monitorar sinais vitais, entre outras funções. Durante esse período, o estudante recebe certificações diferentes.
“São três certificações: auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e cuidador de idoso. Nesse período, o estudo é combinado entre teoria e prática. O aluno estuda disciplinas como anatomia, fisiologia, microbiologia, primeiros socorros, saúde coletiva, ética e legislação profissional, além de técnicas específicas de enfermagem”, explica a coordenadora.
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